Ontem o senado argentino derrubou, graças ao voto de minerva de seu presidente Julio Cobos, que também é vice-presidente do país, o projeto de lei que visala legalizar um aumento de impostos sobre a exportação de produtos agrícolas, principalmente trigo e soja, com o objetivo de conter a inflação, principalmente a dos alimentos.
A inflação medida por entidades privadas chega a mais de 15%, enquanto o governo só admite uma inflação de 5%, resultado: os reajustes de salários, que obedecem o índice oficial de inflação, não conseguem acompanhar a inflação real o que acarreta na perda do poder de compra da população, assim para tentar conter a inflação real o governo decidiu aumentar os impostos sobre a exportação de alimentos com o fim de aumentar a oferta no mercado interno, aumenta-se a oferta diminui-se o preço correto? Errado, uma vez que seriam forçados a vender o preço no mercado interno, desvalorizado em relação ao mercado externo, os produtores sempre tendem a mudar de cultura, em busca de uma mais valorizada, o que no médio e longo prazo vai diminuir a oferta do produto e aumentar o preço novamente.
A derrota é claramente reflexão da insatisfação popular, Christina Kirchner tem cerca de 20% de aprovação, fora o provavél clima ruim entre a presidente e o vice, que decidiu pela queda do projeto de lei.
Entretando fica difícil levar a sério a política de um país que briga até hoje pela posse de um cadáver sem mãos.
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